O START CIRCULAR visa fundir dois tópicos-chave na Europa: Preparar empreendedores licenciados para trabalhar e desenvolver empresas sustentáveis, e reforçar a colaboração Universidade-PMEs no ensino, aprendizagem e formação para esse efeito. Para criar empregos verdes, a Europa tem de investir numa abordagem regenerativa que contrasta com a economia linear tradicional. De acordo com o Green Deal europeu, é necessário impulsionar a utilização eficiente dos recursos, passando para uma economia limpa e circular. A redução do desperdício e das fugas na nossa produção e consumo atuais e nos nossos modelos de negócio preserva os recursos e ajuda a reduzir a poluição ambiental. A premissa do START CIRCULAR é que esta transição depende de sistemas sólidos de ensino superior que gerem líderes e empresários neste campo, em colaboração com a indústria e as ONGs. O projeto responde especificamente ao Plano de Acção da Economia Circular Europeia (CEAP 2021), o recente plano de transição para economia circular da EU, que destaca a criação de crescimento sustentável e de emprego. É particularmente pertinente numa altura em que: a) as universidades europeias foram desafiadas a cooperar de formas novas e inovadoras e a redefinir o ensino e a aprendizagem além-fronteiras (ver comunicação da EU sobre os Espaço Europeu da Educação); e b) os decisores políticos são confrontados com uma crise sanitária e económica de escala astronómica (COVID19), que está a ter um impacto dramático na forma como trabalhamos, ensinamos, aprendemos e vivemos. O que é evidente é que a recuperação económica da Europa e o seu eventual crescimento depende da sua capacidade de gerar respostas inovadoras e sustentáveis aos desafios económicos. O empreendedorismo e os modelos empresariais focados na sustentabilidade são, portanto, essênciais. O objetivo da Comissão é incentivar as pessoas a criarem e a fazerem os seus negócios (Plano de Ação Empreendedorismo 2020). Ao mesmo tempo, aumenta a pressão dos consumidores para o desenvolvimento sustentável, assim como, o interesse em reduzir o impacto ambiental das PMEs. A diminuição da pegada ambiental também pode ser vista como uma importante oportunidade de negócio para as PMEs; no entanto, estas enfrentam frequentemente uma limitação na melhoria do seu desempenho ambiental, tais como obstáculos relacionados com o tamanho, limitações financeiras, défices de competências e limitações de conhecimento. Além disso, como o atual abrandamento económico foi contraído devido à pandemia, os decisores políticos e as empresas estão sob pressão para relançar a atividade económica a qualquer custo. Isto pode colocar em risco os avanços anteriores que foram feitos na geração de empregos verdes. A geração de graduados inovadores, comprometidos com a sustentabilidade no desenvolvimento do negócio é, portanto, fundamental. Embora várias universidades na Europa tenham demostrado inovação no ensino empresarial e capacidade de ensinar princípios empresariais sustentáveis e circulares, a Europa precisa de abordagens e recursos mais estratégicos, interdisciplinares, transfronteiriços e aplicados para abordar estas áreas, mantendo a economia circular em primeiro plano. Um “modelo integrado de gestão empresarial para a economia circular” para universidades e PMEs, um dos principais resultados deste projeto, irá abordar esta questão, bem como a formação para a sua implementação e os Laboratórios de Sustentabilidade, com os quais todos os parceiros partilham um compromisso.